CURUMIM – Núcleo Adélia Moreira
Biografia
Adélia Moreira
Adélia, nasceu na Fazenda das Pindaíbas, município de Paraopeba, no dia 24 de abril de 1909.
Foram seus pais: Manoel da Silva Figueiredo e Reginalda Moreira. Ele, conhecido por Neca e ela por Regi. Tiveram onze filhos, dos quais, Adélia era a caçula. Foi sempre uma criança alegre e espirituosa. Superdotada!
Gostava de improvisar brincadeiras, contar e conversar. Sabia a todos cativar, e todos gostavam dela. Quando adolescente vinha da fazenda para estudar em Paraopeba, com o ilustre e saudoso professor Sabino de Paula Freitas. Na cidade, aprendeu corte e costura e se tornou uma grande costureira, criadora de modelos, o que hoje chamamos “modelista”.
Quando se preparava para prestar exames no Colégio de Barbacena, conheceu Joaquim Moreira Rocha, filho de fazendeiros tradicionais e conterrâneo. Com ele se casou e foi morar na Fazenda do Buriti Grande, propriedade que lhe foi doado por seu pai.
Adélia não foi mãe biológica mas criou os seus sobrinhos Mauro e Maurício. Ajudou muitos outros sobrinhos, seus e de seu marido, além de uma Legião de afilhados.
Católica praticante e socialmente integrada a todos os movimentos de sua cidade e por onde andava, tornou-se uma espécie de ídolo e era tratada em todas as partes por “tia Adélia”.
Residiu nas cidades de Curvelo e de Santo Hipólito, sendo amada e respeitada pelo povo. Na cidade Santo Hipólito há uma escola com seu nome.
Adélia Moreira foi professora da zona rural no Buriti Grande e educou várias gerações.
Era dedicada, dinâmica, laboriosa. Certa vez, vindo de sua propriedade com visitantes, a condução era o carro-de-boi. Perto de Paraopeba, o carreiro sentiu-se mal, ela o acomodou dentro do carro, e assumiu a guia , entrando na cidade para o espanto de todos correndo.
Presente em todos os momentos, alegres ou dolorosos. Cantava nas procissões, rezava o terço em grupos de orações, dava aulas de catecismo. Convivente e muito carismática.
Seus círculos de relações humanas eram grandes. Muito estimada e prestativa. Fervorosa para com a tida a comunidade, religiosa e social. Era uma autêntica líder. Marcante e amiga. Boníssima!
Faleceu aos 94 anos de idade em Paraopeba, em 1992, deixando muitas saudades. Todos a recordam com ternura e carinho.
Foi sempre pura de sentimentos, inteligente e auto-ditada. Lia os bons livros, os clássicos e aprendia,e se apura. Possuía cultura geral. Era querida e solicitada. Sua presença atraente a todos envolvia. Trabalhava para o progresso local, sendo seus empreendimentos e realizações eram acatados. Levados à sério. Caráter, dignidade, delicadeza e bom trato são até hoje relembrados com devoção. Adélia Moreira, por sua simplicidade e bondade, tornou-se um símbolo em sua terra. Deixou lembranças grande dama do bem e da justiça. Mulher forte, das Escrituras Sagradas.
